Proposta
Este projeto-curso articula-se na proposição de construção de um campo imersivo de entrecruzamento entre Arte e Subjetividade.
Nesta interface a investigação tem como principal perspectiva, falar de processos de subjetivação por meio da Arte Contemporânea, mais especificamente práticas artísticas de Performance e Intervenção Urbana.
A Idéia de lançar este curso é acionar encontros com interessados nesta temática. Compor uma espécie de aula-dispositivo, laboratório imersivo de experiências compartilhadas, e que em seus desdobramentos possa atuar unindo teoria e prática. Sendo assim, a idéia é lançar um espaço que seja de comunicação, apropriação e criação artística.
Objetivos
Temática e Desdobramentos
Arte e Vida na Contemporaneidade. "Uma arte que leve as pessoas a uma relação mais afetiva com o mundo" Hélio Oiticica
De que Vida estamos falando? Qual Arte queremos fazer falar?
Levando em consideração que esta pesquisa surgiu de uma inquietação acerca das práticas artísticas relacionais, colaborativas e conxtualizadas na/da Arte Contemporânea, tomamos como base investigativa trabalhos que perpassam pela Performance e Intervenção Urbana. Arte em espaço público ou que de alguma forma coloca em vias de acesso ou discussão questões referentes a Alteridade. Estas capazes de alargar as fronteiras formais de uma Arte que invade a vida e se apossa do mundo.
Movimenta-se nestes conceitos, a proposição de um espaço que seja investigativo e interventivo, capaz de potencialmente vir a ser disparador de problematizações que envolvam o processo de criação artística na contemporaneidade. Encontro com uma certa 'outridade' viva que poderá compor na diferença outras formas de subjetivação. Tempo-espaço recortado para experienciar a experimentação. Coloca-se como fator determinante a indissociabilidade entre teoria e prática. Ações de corpo inteiro.
Laboratório em três movimentos:
1. Provocações: Território rizomático de agenciamentos. Forjar uma proposta, fazer falar intensidades, compor com expectativas do coletivo. Esta etapa tem como proposição um trabalho de investigação de práticas artísticas que possam ser agenciadoras de discussões. Faz-se necessário a criação de diálogos que suscitem discussão conceitual de processos.
- Encontros Dialogados, Leituras, Apresentação de vídeos, Roda de conversa com pesquisadores e artistas.
2. Composições: Elaboração e execução de projetos com o coletivo. A exploração de outros espaços e tempos. Corpos em movimento. Momento de traçar cartografias possíveis.
- Criação de Projetos de Intervenção Urbana e/ou Performance, saída para espaços outros.
3. Reverberações: O retorno após as práticas. Reelaboração a partir das experimentações. Tentativas de rastreio, a trajetória vivida. Apreensão dos movimentos anteriores. Exploração de novos olhares, fechamento e encadeamento do processo.
- Roda de discussão, apresentação dos registros dos processos, avaliação.
Referências
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BASBAUM, Ricardo. Vivência crítica participante. Disponível em: http://www.cap.eca.usp.br11.html/. Acesso em: 08 - 2009.
______, Diferença entre nós eles. Disponível em: http://www.ciencialit.letras.ufrj.br/entrelugares/ricardo.htm
DELEUZE, Gilles. O que é um dispositivo? In: O Mistério de Ariana. Cinco textos e uma entrevista de Gilles Deleuze. Lisboa: Ed. Veja, 1996.
LIGHTMAN, Alan. Sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia das letras, 1993.
ROLNIK, Suely. Alteridade a céu aberto. O Laboratório poético-político de Maurício Dias e Walter Riedweg. Disponível em: www.pucsp/nucleodesubjetividade. Acesso em: 10 - 2008.
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SANT'ANNA, Denise Bernuzzi de. Corpos de Passagem: ensaio sobre a subjetividade contemporânea. São Paulo: Estação Liberdade, p. 103 -120, 2001.
